A constelação familiar, uma abordagem terapêutica que desvenda intricadas dinâmicas familiares, tem conquistado espaço no campo do desenvolvimento pessoal. No entanto, surge uma interrogação recorrente entre aqueles que buscam essa prática: será a constelação familiar considerada pecado?
Este artigo visa esclarecer essa indagação, proporcionando uma análise acessível e informativa sobre a possível interação entre essa técnica e as crenças religiosas tradicionais.
A visão religiosa tradicional
Ao explorarmos se a constelação familiar é considerada pecado, é fundamental entender a perspectiva da visão religiosa tradicional.
Algumas correntes religiosas podem levantar preocupações em relação a práticas que se afastem dos métodos tradicionais de abordagem de questões emocionais e familiares.
Questionamentos...
Em suma, muitos questionamentos surgem da interpretação de ensinamentos religiosos que enfatizam a importância da fé, da oração e do aconselhamento espiritual como meios legítimos para lidar com os desafios familiares. A constelação familiar, por outro lado, introduz elementos de representação simbólica que podem parecer estranhos ou até conflitantes com certas interpretações.
Além disso, a preocupação com a possibilidade de envolvimento com práticas esotéricas ou místicas pode levar alguns a questionar a legitimidade da constelação familiar do ponto de vista religioso. A falta de compreensão ou informações claras sobre a natureza da técnica pode contribuir para essas dúvidas.
Leia também: Constelação Familiar na Prática: Entenda como funciona.
Constelação Familiar é pecado?
Abordagens Religiosas Diversas
Aqui, vamos explorar como diferentes religiões encaram a constelação familiar, pois cada tradição tem sua perspectiva única, então vale a pena dar uma espiada em como algumas delas enxergam essa técnica.
Cristianismo: Em diversas correntes cristãs, as opiniões sobre a constelação familiar podem variar. Algumas comunidades podem aceitar, enquanto outras podem ter ressalvas. É interessante compreender a posição específica da sua igreja ou denominação.
Espiritismo: Algumas vertentes do espiritismo tendem a ver a constelação familiar de maneira mais favorável, dada a sua afinidade com a exploração de energias e ligações familiares presentes nessa abordagem.
Budismo e Hinduísmo: Em algumas escolas dessas tradições orientais, a constelação familiar é considerada uma ferramenta interessante para examinar conexões kármicas e familiares, alinhando-se com certos princípios filosóficos dessas religiões.
Constelação Familiar e Espiritualidade:
Vamos explorar como a constelação familiar se relaciona com a espiritualidade, considerando as possíveis integrações sem gerar conflitos com as crenças religiosas.
Integração com a Espiritualidade: Muitos praticantes da constelação familiar enxergam-na como uma ferramenta que pode coexistir harmoniosamente com a espiritualidade. A abordagem é percebida como um auxílio na exploração de questões emocionais e familiares, oferecendo uma perspectiva que se alinha com a busca por conexões mais profundas.
Respeito às Crenças Individuais: É importante destacar que a constelação familiar, por si só, não é uma prática religiosa. Isso permite uma flexibilidade significativa para aqueles que desejam integrar técnicas terapêuticas enquanto mantêm suas crenças espirituais.
Durante as sessões, é comum enfatizar o respeito pelas crenças individuais dos participantes.Balanço Saudável: A chave para a harmonia entre constelação familiar e espiritualidade reside em buscar um equilíbrio saudável. Muitos indivíduos veem a prática como um complemento ao seu caminho de crescimento pessoal e espiritual, proporcionando insights valiosos e promovendo o bem-estar emocional.
Contudo, ao considerar a integração da constelação familiar com a espiritualidade, é essencial alinhar expectativas e garantir que a prática esteja em sintonia com as convicções espirituais de cada indivíduo.
Conclusão
Seria impossível definir com clareza para qualquer pessoa se a constelação familiar é pecado, ou não, pois a visão sobre o tema é algo pessoal e individual.
Entretanto, depois de tantos anos trabalhando com a constelação familiar e inclusive sendo uma das responsáveis pela disseminação da mesma no sistema judiciário do Brasil, seria difícil eu não colocar minha opinião pessoal aqui.
Contudo, respeitando a constelação familiar e o que aprendemos com ela, pois entendemos que todos os indivíduos são livres, e por isso vou deixar aqui algumas dicas:
- Fale com seu líder religioso: Sim, procure a opinião da pessoa que esta a frente de sua igreja ou comunidade religiosa.
Temos hoje no youtube, diversos Padres e Pastores que são consteladores e utilizam a técnica para atender melhor os fiéis que os procuram. - Participe de uma constelação em grupo: Procure por consteladores em sua região e veja como participar de uma constelação em grupo, como participante. Dessa forma, você vai conseguir entender a dinâmica do que acontece em uma constelação. Aproveite e converse com o constelador(a), coloque todas as suas dúvidas claramente.
- Permita-se: Procure por informações, pesquise! Já vi diversos casos de uma pessoa ter relutância em fazer a constelação, e depois de fazer, saiu maravilhada.
Além disso, voltou e trouxe mais pessoas….rsrsrs.
Se você chegou até aqui, é porque esta procurando mudar algo em sua vida, algo esse que esta te incomodando. Porque não dar uma chance para a constelação familiar?
Onde encontrar um profissional de Constelação Familiar?
Você pode encontrar um profissional de Constelação Familiar em clínicas de psicologia, consultórios particulares ou na internet.
Entretanto, para encontrar um profissional é importante pesquisar bem e buscar referências antes de escolher um profissional para a sessão.
Conheça o trabalho da Fabiana Quezada, autora desse post.
A Fabiana Quezada esta a frente da SBDSIS – Sociedade Brasileira de Direito Sistêmico e já atendeu inúmeras pessoas no Brasil e fora dele com as Constelações e outras técnicas.
